RS abriu 44.711 empresas no primeiro quadrimestre

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O Rio Grande do Sul contava com 1.296.410 empresas ativas no final de abril, com um incremento de 44.711 estabelecimentos abertos nos primeiros quatro meses de 2022. Apenas no primeiro quadrimestre deste ano, foram abertas 80.611 empresas no Estado, enquanto 35.900 encerraram atividades no período. Os dados fazem parte do Boletim do Mapa de Empresas do 1º Quadrimestre de 2022, divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Ministério da Economia. O mapa é uma ferramenta com indicadores sobre o quantitativo de empresas registradas no País e o tempo médio necessário para a abertura de negócios.

O saldo líquido de 44.711 empresas abertas no Estado no primeiro quadrimestre de 2022 representa uma queda de 15,9% ante o resultado de igual período de 2021 (53.170 estabelecimentos). Já em relação ao último quadrimestre do ano passado (39.637) houve acréscimo de 12,8%.

No final de abril, todo o Brasil contava com 19.373.257 empresas ativas, um incremento de 808.243 estabelecimentos abertos no período, já descontados os que fecharam. Apenas no primeiro quadrimestre deste ano, foram abertas 1.350.127 empresas, o que representa um aumento de 11,5% em relação ao último quadrimestre de 2021, porém com queda de 3,2% quando comparado com o primeiro quadrimestre de 2021. No mesmo período, foram fechadas 541.884 empresas, um aumento de 11,5% se comparado com o último quadrimestre de 2021 e de 23,0% em relação ao mesmo período em 2021.

Já o tempo para abertura de empresas no País no primeiro quadrimestre deste ano ficou, em média, em um 1 dia e 16 horas, um recorde na série histórica, com queda de 8 horas (16,7%) em relação ao terceiro quadrimestre de 2021, além de queda de 1 dia e 13 horas (48,1%) em relação ao mesmo período em 2021.

De acordo com o Boletim do Mapa de Empresas, Sergipe foi a unidade da federação que apresentou o menor tempo de abertura de empresas neste primeiro quadrimestre de 2022: 15 horas, uma queda de 9 horas (37,5%) em relação ao último quadrimestre de 2021. Entretanto, a Bahia registrou o maior tempo necessário para abertura de empresas no Brasil: 3 dias e 17 horas. Ainda assim, segundo a Economia, o resultado é fruto de uma redução de 1 dia e 5 horas (24,6%) em relação ao último quadrimestre de 2021.

Já o Rio Grande do Sul ficou em 22º lugar no ranking de velocidade abertura de empresas, com um tempo médio de 1 dia e 19 horas nos quatro primeiros meses de 2022. Entretanto, o resultado representa uma queda de 1 dia e 1 hora em relação ao último quadrimestre de 2021.

Entre as capitais, Porto Alegre também ficou na 22ª posição do ranking, com um tempo médio de 1 dia e 19 horas para abertura de empresa. Com isso, houve queda de 5 horas em relação aos quatro últimos meses do ano passado.

O Boletim deu destaque a Aracaju (SE), que conquistou o posto de mais ágil abertura entre as capitais, com tempo médio de 8 horas. No outro extremo, Salvador (BA) teve um desempenho pior entre as capitais, com tempo de 4 dias e 18 horas em média para abrir um novo negócio. “Os dados demonstram a assertividade das medidas de simplificação e melhoria do ambiente de negócios implementadas ao longo dos últimos anos, ainda que os números de abertura de empresas tenham apresentado uma leve queda em relação ao 1º quadrimestre de 2021”, ponderaram os técnicos da Economia.

Meta é reduzir tempo médio de abertura para 1 dia

O diretor do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, André Luiz Santa Cruz, enfatizou que a meta do governo é fazer com o que o tempo médio para abertura de empresas no País seja de um dia.

“Atualmente, mais de 60% das empresas já conseguem, em apenas um dia, serem abertas. Esta é nossa meta para o final do ano: de até um dia. Estamos caminhando para atingir esse objetivo”, disse Cruz, durante entrevista coletiva. Ele salientou que o primeiro dado disponível apresentava um tempo médio de 5 dias e 9 horas, no início de 2019. “Os números mostram o sucesso com o processo de simplificação e de desburocratização”, salientou.

Para Ministério da Economia, País não é mais hostil a empreendedor

Do total de empresas ativas no Brasil (19.373.257), 69% são de Microempreendedores Individuais (MEIs), um volume de 13.489.017. “O fato de ter grandes números de MEIs é resultado do sucesso de política pública de formalização para quem tinha atividade informal. Não há dificuldades em abrir empresas no Brasil”, disse o diretor do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, André Luiz Santa Cruz.

De acordo com Santa Cruz, as MEIs são atividades importantes, que geram empregos formais, inclusive, e muitas vezes são o embrião de um empreendimento que vai prosperar. “Além disso, sucesso do MEI é uma demonstração de resultado das políticas de ambiente de negócios. Quanto mais se melhora o ambiente de negócios, mais as pessoas se sentem estimuladas a empreender. Este é o retrato de nosso tempo. O Brasil não é mais um país hostil a quem quer empreender”, disse.

Das mais de 13 mil unidades MEI em funcionamento no Brasil, 1.114.826 foram abertas no primeiro quadrimestre deste ano, um aumento de 14,0% em relação aos últimos quatro meses de 2021, mas uma queda de 3,2% na comparação com igual período do ano passado. Estes dados fazem parte do Boletim do Mapa de Empresas do 1º Quadrimestre de 2022, divulgado pelo Ministério da Economia.

As sociedades Empresariais Limitadas somam 4.667.178 unidades, das quais 226.549 iniciaram as atividades entre janeiro e abril passado, um acréscimo de 3,2% ante o último quadrimestre de 2021 e de 19,1% sobre o primeiro.

Já as Empresas Individuais de Responsabilidade Limitada (Eireli) totalizam 937.163, um aumento de 2.381 firmas no primeiro quadrimestre do ano (queda de 55,5% na comparação com o terceiro quadrimestre de 2021 e baixa de 92,4% ante igual período do ano passado).

O volume de sociedades anônimas no País é de 177.898, das quais 3.749 começaram a atuar no mesmo período do recorte do boletim – queda de 20,6% ante o período anterior e de 23,8% na comparação com iguais meses de 2021.

No caso de cooperativas, houve abertura de portas de 880 unidades de janeiro a abril, para um total de 35.169. Isso representou uma baixa de 3,8% na comparação de setembro a dezembro de 2021, mas uma alta de 23,2% ante igual período do ano passado.

Fonte: Jornal do Comércio

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