Governo gaúcho avalia restringir horários de atividades para controlar Covid-19

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Diante do aumento de casos e de internações por Covid-19 nas últimas semanas no Rio Grande do Sul, o governo do Estado estuda a possibilidade de restringir horários de algumas atividades específicas, como forma de ajudar no controle da disseminação da doença, sem voltar a determinar novos fechamentos que impactem diretamente na retomada da economia.

Na segunda-feira (23), durante live para comentar o panorama da pandemia no Estado, o governador Eduardo Leite disse que não previa nova suspensão de atividades econômicas, mas admitiu a possibilidade de vir a adotar medidas que impliquem em “restrições de forma proporcional ao que se está vivendo”, distintas das implementadas no início da pandemia.

“Não entendemos que seja o caso de voltarmos a níveis de restrições que se observou no passado. Se observarmos novos crescimentos, que inspirem cuidados, poderemos adotar medidas de restrição diferentes ao que se fez. Não significa que teremos restrições maiores, mas necessitamos que todos estejam conscientes”, destacou.

Nesta terça-feira (24), em entrevista a uma emissora de rádio, ele voltou a falar que a situação da pandemia no Estado exige alerta, já que há crescimento dos casos de contágio e de internações, mas voltou a dizer que a ideia é “restringir com menos impacto possível”. “Se tivermos que tomar medidas, tomaremos para proteger a população. Estamos estudando alternativas para não impor maiores dificuldades econômicas no momento em que as pessoas esperam uma retomada”, afirmou.

Entre essas medidas em análise estaria a possibilidade de reduzir horários de funcionamento de eventos noturnos e bares por períodos determinados, por exemplo, com o intuito de evitar aglomerações e maior circulação de pessoas. Segundo ele, essa inciativa poderia ser adotada por tempo específico, ajudando a impor maiores restrições em horários como no final do dia, que tradicionalmente gera maior fluxo de encontros e confraternizações. “A nossa equipe está estudando alternativas que possam significar redução de contato sem impor maior sacrifício econômico à sociedade”, completou Leite.

O Executivo vê com preocupação a linha ascendente de casos e internações por Covid-19, inclusive em curva superior à registrada no início da pandemia. “Estamos vendo aumento de casos e internações, e isso inspira muitos cuidados”, ressaltou, apontando ainda que a média de óbitos pela doença vem em declínio desde agosto.

Leite também tem manifestado preocupação com as festas de final de ano, lembrando que não houve volta à normalidade, o que implica na necessidade de os gaúchos seguirem evitando grandes circulações e aglomerações. “É importante as pessoas lembrarem que não estamos em situação de normalidade, não façam aglomerações, nos ajudem a manter a disseminação, para que consigamos viver com ele (o vírus) até termos a vacina”, completou.

Segundo ele, para que o Executivo não tenha de impor medidas “para além da realidade do Estado”, os estudos estão sendo feitos pelo Comitê de Dados do governo em cima de cenários locais, analisando dados como a capacidade de atendimento hospitalar e o movimento de abertura de novos leitos, o que dá margem para uma observação semanal de cada região caso a caso, o que já vem ocorrendo antes da mudança efetiva das bandeiras do distanciamento controlado.

Fonte: Jornal do Comércio

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