Com lições da pandemia, CEOs projetam 2021

Clique e Compartilhe:

Share on whatsapp
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin

A pandemia trouxe desafios e aprendizados a presidentes das grandes empresas, que tiveram poucas semanas em 2020 para promover uma transformação que, em condições normais, demoraria meses para sair do papel. Diante do cenário adverso, fizeram uma digitalização inédita no País, quebraram resistências e passaram a liderar milhares de funcionários remotamente.

Diante do cenário adverso provocado pela Covid-19 em 2020, bancos, serviços e comércio fizeram uma digitalização inédita no País, quebraram resistências e passaram a liderar milhares de funcionários remotamente. CEOs de grandes empresas acreditam que práticas como home office e comércio eletrônico vieram para ficar.

Para 2021, os executivos trabalham com um cenário de muita incerteza, já que não há como saber quando a população estará vacinada. Entre as palavras que mais apareceram nas conversas dos executivos estão cliente e sustentabilidade. “A pessoa, hoje, quer se sentir acolhida. É fundamental oferecer um trabalho de atendimento no e-commerce que seja fora da média”, diz Alexandre Birman, presidente da Arezzo.

No caso da sustentabilidade, o tema deixou de ser diferencial para se tornar uma exigência do mercado e de investidores. É reconhecido agora pelas lideranças como uma necessidade incorporada ao ambiente de negócios. “Antes, o discurso seguia a linha de que ser sustentável era caro. Hoje, vemos que é um pré-requisito”, diz o presidente da Renner, Fabio Adegas Faccio.

Mas essa experiência não deixou mais fácil a vida dos CEOs: a incerteza em torno do que será 2021 tem dificultado o planejamento das companhias. Sem saber quando a população estará vacinada, eles terão de se adequar às circunstâncias. “Nesse sentido, o banco trabalha com um cenário que vai se ajustando de acordo com os avanços na erradicação da pandemia e seus efeitos na economia. 2020 veio sem manual de instrução; 2021 será um ano diferente, com as coisas se ajeitando gradualmente”, diz o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Jr. Para o executivo, o desafio neste ano será consolidar as mudanças e recuperar os prejuízos.

Não por acaso, a principal palavra citada pelos executivos para definir os aprendizados de 2020, os desafios e as tendências para 2021 é “cliente”. “Estamos trabalhando 24×7 para transformar o Itaú Unibanco. Na prática, significa continuar avançando com os temas prioritários do banco, que incluem a centralidade no cliente, a digitalização e uma ampla agenda de ganhos de eficiência”, diz Candido Bracher, presidente do Itaú.

Digitalização é outro termo usado pelos executivos quando questionados sobre aprendizados e tendências. Num ano em que a população teve de se isolar, a digitalização foi a solução tanto para quem ficou em casa como para as empresas que tiveram de fechar lojas. O avanço alcançado em alguns meses não teria ocorrido tão rapidamente em tempos normais.

Os bancos digitais se expandiram diante de clientes que perderam o medo do mundo online para fazer transações. O mesmo ocorreu com o varejo, cujas operações digitais cresceram como nunca. “A pessoa, hoje, quer se sentir acolhida. É fundamental oferecer um trabalho de atendimento no e-commerce que seja fora da média”, diz Alexandre Birman, presidente da Arezzo.

O coronavírus também acelerou outros processos que vinham ganhando espaço, como o home office e a sustentabilidade. Esses conceitos foram apontados pelos executivos como práticas que serão mantidas mesmo ao fim da crise. “Ganhamos produtividade nesse ambiente digital, remoto, mas, com isso, é preciso cuidar ainda mais do engajamento e da saúde mental. Nada substitui a interação humana. Entendemos que o futuro é híbrido”, afirma a presidente da empresa de softwares SAP no Brasil, Adriana Arolho.

No caso da sustentabilidade, o assunto deixou de ser um diferencial para se tornar uma exigência do mercado e dos investidores. “Antes, o discurso seguia a linha de que ser sustentável era caro. Hoje, vemos que é um pré-requisito”, diz o presidente da Renner, Fabio Adegas Faccio.

‘Independentemente da covid, é preciso ganhar em eficiência’

Além de se preparar para lidar com o cenário de incertezas trazido pela pandemia, o Itaú Unibanco teve de planejar, simultaneamente, a mudança em seu comando. Em fevereiro, Candido Bracher deixa a presidência do maior banco privado do País – que ele assumiu em maio de 2017; Bracher completou 62 anos, idade limite para o cargo, segundo o estatuto da empresa.

“Milton (Maluhy Filho) assume a presidência no começo de fevereiro, completando o processo de transição que se iniciou no fim de outubro. À parte a questão sucessória, nós estamos trabalhando 24 (horas) x7 (dias da semana) para transformar o Itaú Unibanco. Na prática, significa continuar avançando com os temas prioritários do banco, que incluem a centralidade no cliente, a digitalização e uma ampla agenda de ganhos de eficiência. Essas coisas podem e devem avançar independentemente da pandemia”, resume Bracher, quando questionado sobre os planos do banco para este ano.

Fonte: Jornal do Comércio

Link: bit.ly/2LHTTSU

Precisando de um escritório de contabilidade confiável e moderno?