Leite suspenderá temporariamente a cogestão e cobrará fiscalização dos municípios

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A cogestão do distanciamento controlado deverá ser suspensa pelo período de uma semana, permitindo que o Rio Grande do Sul adote emergencialmente regras de bandeira preta, para tentar frear a circulação das pessoas, a velocidade de transmissão do coronavírus e o esgotamento da capacidade de atendimento hospitalar. A decisão, destacada pelo governador Eduardo Leite aos prefeitos nesta quinta-feira (25), em reunião virtual com a representantes de associações municipais e da Famurs, será oficialmente anunciada em live no final da tarde, na qual serão atualizadas as informações referentes à pandemia e os resultados de nova rodada da pesquisa Epicovid19, desenvolvida em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

A decisão atende apelo feito ao governo pelo Comitê Científico da Covid-19, e reforçada em relatório e estatísticas apresentados na reunião com dados da situação epidemiológica e do risco de colapso do atendimento à saúde, diante do aumento de internações e casos de Covid-19 nos últimos dias.

No encontro, que contou também com participação de representantes do Ministério Público e secretários de Estado, Leite resgatou como se deu a implantação da cogestão, que tem o objetivo de permitir que as prefeituras adotem medidas menos restritivas às bandeiras regionais, de acordo com a realidade da economia e do sistema de saúde de suas comunidades, e cobrou fiscalização dos gestores municipais para a necessidade de restringir mais atividades, manter os protocolos e evitar aglomerações. A ideia de Leite é “dar um forte golpe” na taxa de transmissão da Covid e evitar que pessoas venham a óbito por falta de atendimento.

“Não podemos esperar para a semana que vem a saturação das nossas UTIs. As pessoas têm tido dificuldade para entender a gravidade do momento, é preciso impactar na rotina delas. Minha decisão é pela suspensão da cogestão, mas quero ouvir os prefeitos”, enfatizou o governador, que reiterou que o momento é de excepcionalidade e, por isso, exige “comandos excepcionais”.

Leite cobrou ainda unidade das ações no Estado, em tom de crítica à falta de ação coordenada do governo federal, e consciência coletiva dos gaúchos. “Precisamos de mais unidade, de ter no RS a unidade que falta no Brasil, falta coordenação nacional. O quadro é grave agora. Quase um ano de pandemia não foi suficiente para a conscientização, tem de haver mudança na rotina das pessoas”, reiterou.

Chamamento nesse sentido já havia sido feito por ele aos prefeitos na quarta-feira (24) à noite, em pronunciamento nas redes sociais.

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A reunião contou também com apresentação de um raio-X da situação hospitalar e dos dados alarmantes da pandemia, que hoje concentra nos hospitais 4.633 pessoas, entre leitos clínicos e de UTIs. Somente a média móvel de UTIs está em 246 pacientes por dia nesta terça, e a ocupação já chega a 91% dos leitos intensivos, o pior nível desde março do ano passado, quando surgiram os primeiros casos de Covid-19. Por conta disso, em um apelo emocionado, a secretária da Saúde, Arita Bergmann, pediu aos prefeitos que sejam utilizados todos os espaços dos hospitais- centros cirúrgicos, salas de descanso, ambulatórios- para atender casos de Covid.

“As forças de Saúde precisam tratar dessas necessidades para frearmos essa escalada, estamos apavorados. Esgotamos todas as possibilidades de buscarmos qualquer alternativa para acolher as pessoas nos leitos de UTI”, disse a secretária, que informou ainda que 60% dos pacientes que chegam às UTIs com Covid estão morrendo, mais um dado alarmante.Na sequência, o vice-prefeito Ranolfo Vieira Júnior falou de como se dará o apoio à fiscalização das medidas restritiva junto aos municípios, o procurador-geral de Justiça, Fabiano Dallazen, reforçou a conveniência da suspensão da cogestão, e prefeitos se revezaram em apoio e contrários à decisão de Leite. “Lhe garanto que, com a sua decisão tomada, todos os prefeitos vão fazer tudo o que estiver ao alcance”, destacou o presidente da Famurs, Maneco Hassen, que cobrou uma política mais efetiva de imunização da população e pediu que o governo trate da questão em Brasília.

Já o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo-  que determinou a ampliação de leitos de UTI, ressaltou discordar da suspensão da cogestão, mas afirmou que seguirá às determinações do Estado. “O senhor vem com a decisão tomada, e não concordo com ela, mas sou legalista e vou fazer cumpri-la”.

Até às 17h, três horas após o início do encontro, ainda seguiam as manifestações dos prefeitos, que opinaram sobre a suspensão da cogestão e relataram a realidade do enfrentamento à pandemia em seus municípios. A reunião foi encerrada por volta das 17h15min.

Fonte: Jornal do Comércio

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